ESTUDO 2.1 - ÊXODO
O ÊXODO significa saída e é o
segundo livro da Bíblia e do Pentateuco. Este fato histórico ocorreu por volta de 1250 a.C.
CONTEÚDO
E DIVISÃO
Pode dividir-se o seu conteúdo do seguinte modo:
I. “Opressão” e “Libertação” dos filhos de Israel no Egito. Este é o tema fundamental de 1,1-15,21. Nesta seção merecem especial relevo as peripécias no Egito (1,1-7,8), como um povo que nasce no sofrimento. Seguem-se as pragas (7,8-12,32), como meio violento de libertação.
II. Caminhada pelo deserto (15,22-18,27) do
povo, agora livre do Egito.
III. Aliança do Sinai (19,1-24,18).
Esta aliança é o encontro criacional ou fundacional de Javé com os
“israelitas”, em que o Senhor se dá a si mesmo ao homem e restitui cada homem a
si mesmo, e em que o homem aceita a dádiva pessoal de Deus e se aceita a si
mesmo como dom de Deus com tudo o mais que lhe é dado: a natureza, a razão, a
Lei, a História, o mundo. Por sua vez, a dádiva e a sua aceitação também
reclamam dádiva mútua e, portanto, responsabilidade. O pecado surge como
possibilidade da liberdade humana; mas Deus pode sempre recomeçar tudo de novo.

V. Renovação da Aliança do Sinai, relatada em
32,1-34,35.
VI. Código sacerdotal (35,1-40,38):
execução das obras relativas ao santuário (ver IV).
O texto normativo
do livro do ÊXODO é sobretudo um entrançado de peças narrativas e legislativas.
Nestas últimas, destacam-se o “Decálogo” propriamente dito (20,1-17) e os
chamados “Código da aliança” (20,22-23,19) e “Decálogo ritual” (34,12-26). São
as Leis dadas por Deus, mas formulada pelo homem a partir da razão e da
experiência.
AUTOR
A antiga tradição judaica, tal como a antiga
tradição cristã, atribuem a Moisés a autoria de todo o Pentateuco e, por isso,
também do livro do ÊXODO.
GÉNERO
LITERÁRIO
O tecido literário deste livro resulta em parte da
acostagem horizontal de temáticas por via redacional (“teoria fragmentária”),
mas fundamentalmente da complexidade dinâmica da vida de múltiplos grupos cujas
experiências no terreno vão sendo recolhidas e integradas em contextos
ideológicos mais amplos.
LEITURA
CRISTÃ E TEOLOGIA
O acontecimento do Êxodo relata a libertação de
Israel do Egito pelo Senhor, que faz com esse povo uma Aliança. Tal acontecimento
fundador foi objeto de várias releituras, já dentro da própria Bíblia, pois
toda a teologia e espiritualidade do povo de Israel ficou profundamente marcada
por ela. Assim, o Segundo e Terceiro Isaías vêem a libertação de Judá do
domínio da Babilônia como um novo Êxodo.
Os primeiros
discípulos de Jesus e as primeiras comunidades cristãs, que eram de origem
judaica, viram na doutrina de Jesus um “êxodo” novo e definitivo (Lc 4,16-21);
e, na sua pessoa, o verdadeiro libertador, à vista do qual o próprio Moisés era
simples figura, e a Lei do Sinai mero pedagogo para conduzir o povo até ao
verdadeiro Mestre, que é Cristo (Gl 3,24). O Novo Testamento apresenta Moisés
como muito inferior a Jesus, que veio trazer a nova Lei (Mt 5,17-48). A Carta
aos Hebreus chega mesmo a dizer que Moisés já considerava os opróbrios por
Cristo superiores aos tesouros do Egito, seguindo em frente com firmeza, «como
se contemplasse o Invisível» (Heb 11,27).
PALAVRA DO IRMÃO...
Verdade ou mito? Esta é uma das histórias mais contadas e recontadas do Antigo Testamento e ainda gera muitas divergências de opiniões. Mesmo
que Deus explicasse as razões por tras deste grande acontecimento, em nossa
atual condição, nossa mente seria limitada demais para compreender a
imensidão de seu poder. Com certeza seriamos levados à
loucura! As sagradas escrituras nos
falam que aquilo que nos foi revelado nos pertence, mas aquilo que permanece
escondido só a Deus cabe. Poderia eu usar isto para sanar minhas inquietações?
Ou estaria eu simplesmente me acomodando em buscar a verdade e aceitando tudo,
sem me questionar se tal fato me é lícito ou não, já que a própria Bíblia diz
que muitos se perderão por falta de conhecimento? Até onde a busca por
conhecimento pode me beneficiar ou então me fazer parecer auto-suficiente a
ponto de achar que posso confrontar Deus?
Estes questionamentos nos
levam a um longo debate, numa tentativa de compreender os projetos de Deus. Mas
se não conseguimos compreender seus desígnios, como podemos nos atrever a
questioná-lo? Estas tentativas frustradas podem nos levar muitas vezes a
blasfemar e cometer um pecado, não moral, mas teológico, que consiste querer se
igualar a Deus para lhe pedir contas e julgá-lo.
Por fim, deixo vocês com este documentário que encontrei no You Tube. Onde a ciência confronta a Bíblia e tenta explicar os mistérios por trás do Êxodo. É interessante, pois você começa a analisar os diferentes pontos de vistas colocados. Mas o importante é estar com a base de sua fé firmada para não se deixar levar. Cabe a nós
somente obediência a Deus e usar o conhecimento por Ele dado para edificar
nossas vidas e a de nossos irmãos. Buscando assim trilhar um caminho nobre que
nos leve até o Criador. Amém!
Ir. Sullivan
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